As emoções são um elemento central do nosso bem-estar.
Emoções positivas como entusiasmo, animação e alegria fazem nos sentirmos bem. Por outro lado, emoções negativas como stress, frustração e tristeza fazem nos sentirmos mal.
Obviamente você não quer se sentir mal e se pudesse teria exclusivamente emoções positivas. A questão é a que a vida não funciona assim. Nós acabamos sentido diversas emoções. Tanto positivas como negativas.
Mas será que é possível estabelecer algum nível de controle emocional de forma que possamos sentir mais emoções positivas e menos negativas?
Quero defender aqui neste artigo que sim, isso é possível.
Se você não sabe como fazer é porque faz parte da grande maioria de pessoas que simplesmente vive as emoções sem ter controle sobre elas.
O processo como parece
Para grande parte das pessoas a coisa funciona da seguinte forma.
Um evento acontece e isso gera uma emoção em você. Positiva ou negativa.
Por exemplo, digamos que você trabalhe vendendo imóveis. Então o cliente para quem você estava tentando vender um apartamento enorme fecha a compra. Você automaticamente fica super feliz porque vai receber uma comissão gorda.
Agora imagine que o cliente tivesse cancelado a compra na última hora. Você automaticamente seria tomado por uma emoção de tristeza pelo negócio perdido.
Ou seja, um evento externo gera uma emoção. Tanto boa como ruim dependendo do evento ocorrido.
Num primeiro momento parece que é assim que funciona a questão das emoções.
Na realidade tem um passo além que poucas pessoas percebem.
O processo como ele é
O processo real é um pouco diferente do apresentado anteriormente.
Primeiro vem o evento (ex. venda do apartamento).
Depois existe uma segunda etapa que é a interpretação do evento.
Esse é um passo adicional não descrito anteriormente e que é fundamental no processo.
Nessa etapa você interpreta o evento e dá um significado pra ele. Se for algo bom você fica feliz, se for algo ruim fica triste.
Essa etapa de pensamento é como se fosse um filtro entre o evento e a emoção. Provavelmente você sequer percebe porque acontece muito rápido. Mas tá lá.
Por exemplo, o evento em si (ex. venda do apartamento) é neutro em si. Não é bom nem ruim. Você que interpreta como sendo algo bom e então para você passa a ser algo bom.
Só então é gerada a emoção de felicidade em função do pensamento que determinou que o evento ocorrido é positivo.
Em outras palavras, não são os eventos que geram as emoções. São os pensamentos que geram.
Qual a importância disso?
A importância está em perceber que podemos utilizar esse nível da interpretação para controlar nossas emoções.
Para isso basta darmos a interpretação adequada que teremos uma emoção mais positiva.
Em outras palavras, não são os eventos externos que geram nossas emoções, mas sim nós mesmos pela interpretação que damos à esses eventos.
Essa é uma descoberta poderosa pois traz pra nós a possibilidade de trabalharmos na forma como vamos nos sentir.
Sobre nossos pensamentos e nossa interpretação temos poder. Somos nós que damos a interpretação que desejamos para o fato.
Portanto, se dermos um interpretação positiva teremos emoções positivas em retorno e se dermos uma interpretação negativa teremos emoções negativas.
E é dessa forma que é possível controlar as emoções.
Mas então, você pode perguntar: “Como vou dar uma interpretação positiva a um evento negativo? Se é um evento negativo é natural que eu interprete como sendo negativo e é natural que sinta uma emoção negativa.”
Aí é que entra o seu nível de desenvolvimento pessoal.
Você pode sim dar uma interpretação mais positiva para às inúmeras situações. Precisa encontrar como.
Vamos voltar ao exemplo do corretor de imóveis que não fechou a venda do apartamento.
Ele pode interpretar a perda do negócio como algo desastroso. Acha que não tem jeito para trabalhar com isso, fica deprimido e não consegue trabalhar direito o resto da semana. Começa a considerar até mudar de carreira.
Por outro lado, pode dar uma interpretação mais positiva procurando tirar lições sobre o ocorrido pesando coisas do tipo: “Por que não fechou a venda? O que posso fazer de diferente da próxima vez?”
Então busca discutir com colegas e usa oportunidade como fonte de aprendizado. Com isso se sente mais confiante para as próximas vezes.
Coloca em prática aquela frase que gosto muito e é atribuída a Thomas Edison: “Eu não falhei. Só descobri 10.000 maneiras que não funcionam.”.
Aprender controlar o emocional não é fácil. Em momentos de grande pressão, raiva e stress a gente pode ficar cego.
Mas é preciso aprender a acalmar os nervos, tirar um pouco o foco da emoção e trazer mais consciência para o nível da interpretação.
Assim, é possível trabalhar melhor na forma de enxergar o fato e, por consequência, na maneira de se sentir sobre ele.
É preciso assumir responsabilidade sobre as emoções que se quer sentir em vez de simplesmente deixar que elas levem você pra onde bem entenderem.
Fácil não é. Exige muita prática. No início, o nível de consciência sobre essa parte da interpretação é muito baixo. É preciso praticar bastante para percebê-lo quando um sentimento surge.
O melhor é saber que sim é possível ter mais controle das emoções e você pode fazer isso. Para isso precisa decidir se vai continuar alimentando a emoção negativa ou mudará o foco pra uma mais positiva que trará mais equilíbrio emocional e melhores resultados.
Assumir esse controle sem dúvida trará muito mais qualidade pra sua vida.
E se você quer aprofundar o seu aprendizado no tema dá uma olhada no Guia Inteligência Emocional.