A palavra minimalismo tem ganhado bastante popularidade recentemente. Muitos tem promovido o minimalismo como um estilo de vida que vale a pena ser seguido.
Eu particularmente achei fantástico esse conceito. Me pegou e já está fazendo parte do meu dia a dia faz um tempo.
Então achei que seria legal escrever sobre isso para deixar claro do que se trata e como podemos nos beneficiar.
Minimalismo é simplificar a vida eliminando os excessos e mantendo apenas o que é essencial.
É um desejo de viver com menos.
1. Menos coisas
O primeiro e mais tradicional aspecto dessa tendência minimalista é a liberação de espaço físico.
A cultura consumista moderna vende a ideia de que uma vida boa é uma vida cheia de coisas. De conquistas materiais. Então as pessoas compram mais e mais.
Então, ao longo da vida vamos acumulando muita coisa. A casa fica cheia de móveis, as prateleiras tomadas de enfeites, as gavetas cheias de cacarecos, os armários cheios de roupa e assim vai.
Só que grande parte delas nem precisamos. Só ficam ocupando espaço. Dão trabalho para guardar e limpar.
A ideia é fazer uma limpeza nisso tudo. Viver apenas com aquilo que é necessário.
Casas minimalistas são marcadas por terem poucos objetos. Poucos móveis, poucos utensílios de cozinha, poucos talheres, poucos pratos, pouco tudo e muito espaço livre disponível.
Mas a forma como se manifesta difere um pouco de pessoa para pessoa.
Não existe uma regra única. Ou seja, não quer dizer que são permitidos apenas uma cadeira, um prato e dois talheres num ambiente minimalista.
O que você elimina e quantidade que fica é decisão sua. Vai depender do que faz sentido para você e para sua vida.
Por exemplo, esses tempos resolvi fazer uma limpeza nos meus livros.
Descobri que tinha muitos livros de temas que não me interessam mais e estavam me tomando espaço importante. Doei mais de 60 livros para a biblioteca da PUC-RS, a universidade em que me formei.
Achei inclusive apostilas antigas da época de faculdade que também dei um sumiço.
Um outro exemplo simples que vejo na minha vida vem de muito antes de existir o conceito de minimalismo.
Me refiro ao fato de não usar mais relógio há anos.
Desde que passei a ter celular que não uso mais relógio. Por quê?
Simplesmente pelo fato que posso ver as horas no celular. O relógio pra mim passou a ser algo redundante que deixou de fazer sentido. Minimalismo nos acessórios.
Um outro caso interessante é de um amigo que recentemente resolveu vender o carro e não repor.
Antes ele e a esposa tinham um carro cada um. Decidiram simplificar e ficaram com apenas um carro para os dois e andando com motorista de aplicativo quando necessário.
Há relatos de minimalistas mais radicais que decidiram, por exemplo, vender a casa, se desfazer das coisas e viver viajando apenas com o que levavam numa mochila nas costas.
Mas isso, obviamente são casos mais extremos e servem mais para ilustrar.
Eliminando aquilo que você não usa e liberando espaço para o que importa no momento já é um belo começo.
O mais importante é entender que o minimalismo advoga pela vida simples, com poucas coisas. O mínimo necessário e importante para nós.
2. Menos atividades
O estilo minimalista não se limita aos objetos materiais. Estamos falando de nos livrarmos de todos os excessos que não trazem diretamente aquilo que você está buscando para sua vida.
Então por exemplo, isso pode significar reduzir a quantidade de atividades que você faz.
Talvez você esteja envolvido em atividades demais sendo que algumas delas nem fazem tanto sentido assim. Pode ser que você esteja lá só porque alguém pediu pra você.
Eliminar o excesso de atividades abrindo mais espaço para baixar o ritmo, respirar e dar mais atenção para o que realmente importa também faz a diferença.
O excesso de atividades pode gerar cansaço demais e redução da efetividade naquilo que se propõe a fazer.
Por isso, é importante se aprender a dizer não para aquilo que não é realmente importante.
Neste aspecto também evolui muito nos últimos tempos na minha vida.
Eliminei muitas atividades que não me agregavam no passado e hoje foco no que é mais importante pra mim.
Meus dias continuam sendo cheios. Mas com menos tempo no que não interessa e mais no que dou mais valor. O trabalho que quero fazer, meu filho e minha família.
Steve Jobs, por exemplo, era minimalista no guarda-roupa. Dizem que tinha diversos conjuntos da mesma roupa no armário. Assim economizava tempo na hora de escolher o que usar.
3. Menos despesas
A abordagem minimalista também pode ser aplicada a questão financeira.
Muitos de nós temos gastos em muitas coisas supérfluas que não fazem uma real diferença.
O minimalismo aplicado às finanças significa eliminar esses gastos que não são tão necessários e se manter apenas com o que é realmente essencial.
Pode ser algo simples como conferir se você está realmente consumindo todo o plano de celular que está pagando.
Isso aconteceu comigo ontem mesmo.
Mudei o meu plano para um mais simples porque não estava consumindo tudo o que o plano oferecia.
Fiquei fã do conceito desde a primeira vez que ouvi falar.
Isso porque de certa forma, sempre adotei esse conceito do minimalismo na minha vida. Mesmo sem saber que existia um nome pra isso.
Ao contrário de outras pessoas que conheço nunca gostei muito de ficar guardando e acumulando coisas antigas.
Fazer uma limpeza e jogar fora tudo que não uso mais sempre me deu muito prazer. Uma sensação de mais leveza.
Também nunca fui um consumista.
O minimalismo é o oposto à cultura do consumismo.
Favorece gastarmos mais em experiências do que em objetos.
Mas o minimalismo na vida não é ter apenas uma camiseta, um par de calças e viver numa sala vazia.
Minimalismo é identificar o que importa pra você e eliminar o resto.
Cortar as sobras que você está tendo que carregar sem necessidade.
Ser minimalista significa simplificar a vida para aquilo que é mais essencial. Verificar o que é mais importante e eliminar o que não for necessário.
O minimalismo é um processo permanente. Você está sempre eliminando o que está sobrando.
A grande vantagem é que libera você. Abre espaço na sua vida.
O significado de minimalista está essencialmente na eliminação dos excessos. É reconhecer que o excesso traz consigo mais trabalho.
Minimalismo é minimizar posses, rejeitar distrações tendo em mente que uma vida mais simples, limpa e direcionada para o que realmente importa favorece muito mais a felicidade.
Para o minimalismo a felicidade não se compra na prateleira de uma loja. Mas sim na possibilidade de estarmos mais envolvidos com o que realmente importa pra nós.
Minimalismo é uma forma de construir liberdade pra si mesmo.
No fim, o menos vai significar mais.
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