Olá,
Você já sentiu uma sensação de que tem algo dizendo a você o caminho correto a tomar mas não sabia explicar por que esse é o melhor caminho? Essa é a sua intuição.
Intuição é aquela sensação positiva ou negativa que temos sobre se devemos ou não fazer alguma coisa.
É um sentimento, uma sensação que pode funcionar para os dois lados. Tanto para dizer a você o que fazer como para avisar quando algo não parece uma boa ideia.
A pessoa intuitiva é aquela que consegue se utilizar do poder da intuição para tomar as melhores decisões.
Diferença entre razão e intuição
Para entender a intuição precisamos considerar que nossa mente é dividida entre o consciente e o subconsciente.
O consciente é esse que você utiliza para pensar. É onde está a razão. De onde vem os seus pensamentos e o raciocínio. É o que você está utilizando para pensar sobre o que está lendo neste texto agora. Está relacionado ao seu intelecto.
A realidade é que isso é apenas uma pequena parte do que o nosso cérebro processa a cada instante. Tem muita coisa que o cérebro percebe e armazena sem sequer percebermos conscientemente. Essa é a parte pela qual fica responsável o subconsciente.
Então, por exemplo, enquanto o seu lado consciente presta atenção neste texto, o seu subconsciente registra outras informações que você não está prestando atenção diretamente.
Por exemplo, pessoas que possam estar falando a sua volta e você está ignorando para concentrar no texto, uma música ambiental que talvez esteja tocando, o barulho do carro passando, o batimento do seu coração, a percepção sobre as coisas que existem no ambiente como cadeiras e mesas, a cor do tapete.
Todas essas coisas são registradas pelo seu subconsciente enquanto você se concentra no que faz.
Nosso subconsciente tem uma capacidade muito superior de armazenamento de informações que o nosso consciente tem.
Enquanto o consciente lida com algumas poucas por vez, o inconsciente lida com uma quantidade enorme de uma só vez.
O conhecimento intuitivo vem justamente da sugestão dada por esse subconsciente sobre como devemos agir em uma determinada situação utilizando como base toda essa informação inacessível ao nível consciente.
A intuição, diferente do intelecto, não é algo claro e racional. Não é uma lista de vantagens e desvantagens com as produzidas pela razão. Isso é papel do intelecto e da mente racional e consciente.
A intuição é muito mais subjetiva. Ela é um sentimento, uma sensação sobre qual caminho seguir.
Geralmente vem na forma de frases como “Algo me diz que é isso que devo fazer”. Mas você não tem capacidade de explicar o porquê tem essa sensação. Mas você tem.
Isso acontece por que o seu cérebro está dizendo isso pra você com base no registro que tem de todas suas experiências passadas.
Então, por exemplo, certamente você já conheceu uma pessoa que não simpatizou com ela.
Possivelmente seja por que algo nela lembra você de alguma coisa que você não gostou de experiências passadas. Mesmo que não consiga explicar.
É a sua intuição, por meio do seu subconsciente, agindo e passando essa informação pra você.
A mente lógica é limitada e consegue trabalhar apenas com uma quantidade limitada de dados.
A vantagem do seu subconsciente é que consegue lidar com uma quantidade de informações infinitamente superior àquelas que a sua mente racional e linear consegue. De forma criativa e espontânea.
A intuição junta suas experiências passadas para rapidamente voltar com a alternativa mais interessante. É a sua sabedoria inconsciente.
Por isso que quanto mais familiarizados estivermos com uma situação mais fácil surge o pensamento intuitivo.
O caminho da intuição não está no seu intelecto, está na sua alma. Quanto mais natural e menos intelectual, maior a intuição.
Mas qual a utilidade de saber isso?
A utilidade é perceber que temos uma quantidade de informação muito maior que poderíamos utilizar para tomar nossas decisões.
Geralmente quando precisamos decidir alguma coisa na vida juntamos algumas informações e conscientemente e racionalmente procuramos escolher qual a melhor alternativa que temos.
Mas e se pudéssemos acessar essa outra parte do cérebro e usar essas informações também no nosso processo de tomada de decisão?
Parece estranho, mas é possível. Isso é acessar a força da intuição.
Como desenvolver a intuição
Todos temos intuição, mas poucas pessoas prestam atenção nela.
Nossa cultura é de tomar decisões baseadas em fatos.
Imagine entrar numa reunião da empresa e dizer que acha melhor seguir um curso de ação porque a sua intuição está dizendo? Não vai dar certo. As pessoas vão querer justificativas e um racional para sua posição.
Então nos acostumamos a tomar nossas próprias decisões baseados exclusivamente no lado racional das vantagens e desvantagens. Silenciamos nossa intuição quando ela surge de forma que ela vai sumindo.
Mas você pode trazer isso de volta e incorporar a intuição no seu processo de decisão. Aqui vão algumas sugestões de como fazer isso.
1. Lembre do que a sua intuição disse no passado
Pegue alguns eventos importantes que aconteceram na sua vida.
Um relacionamento ou um projeto pessoal que não deu certo por exemplo.
Volte àquela época e tente lembrar o que a sua intuição dizia para você fazer. Qual o sentimento que você tinha sobre o que devia ser feito.
Tente lembrar por que você não seguiu sua intuição. Provavelmente por que não tinha uma razão clara pra isso.
Faça isso com diversos eventos do passado. Isso vai ajudar você a reconhecer o que é exatamente a sua intuição para que da próxima vez quando ela avisar você, você perceba com mais clareza.
Lembro de uma vez que aluguei um imóvel para um cidadão.
O cara era bem apresentável e falava bem. Pesquisei o nome dele nos órgãos competentes e o nome tava limpo.
Só que eu tinha uma sensação de que algo não estava certo com o cara. Só não sabia o quê.
Como racionalmente tudo parecia certo aluguei o imóvel. Dá pra imaginar o que aconteceu.
O sujeito deu o calote depois de poucos meses e tive uma enorme incomodação com um processo de despejo.
Hoje entendo que aquela desconfiança que senti era minha intuição dizendo que esse cara não era confiável.
Quando volto no tempo lembro de onde vinha essa intuição.
Por exemplo, no dia que conheci ele, ainda antes de alugar e ele jogou o dinheiro do aluguel na mesa como quem diz “Tenho o dinheiro pra pagar. Tá aí.”. Uma atitude exagerada e sem necessidade.
Além disso trouxe o irmão para conhecer o imóvel, mas não tinha fiador. Desconfiei do porquê o irmão não podia ser o fiador mas deixei de lado.
Esses foram sinais de alerta que a minha intuição captou, mas minha mente racional não.
2. Pergunte à sua intuição
Quando você precisar decidir alguma coisa, pergunte à sua intuição qual a sua sugestão.
Pergunte “Devo fazer A ou B?”. Então deixe a sua intuição responder pra você.
Não de forma racional. Não com justificativas e motivos do porquê deve ir para um lado ou outro. Isso é coisa da mente racional.
Procure sentir a resposta. Algo assim “Sinto que esse caminho é melhor. É o que o meu coração tá sentindo que precisa ser feito. ”.
Se não vier a resposta na hora, relaxe, ocupe a cabeça e o corpo com outra coisa como um exercício físico, assistir um filme ou mesmo passar por uma noite de sono.
Essa folga pra cabeça pode liberar o espaço necessário para sua intuição aparecer.
3. Experimente
Seguir sua intuição para decisões importantes logo de início pode gerar medo e insegurança. Por isso, o melhor é ir aos poucos.
Faça teste de intuição. Comece utilizando-a para fazer escolhas mais simples.
Por exemplo, escolher uma roupa, escolher uma comida, escolher uma atividade de lazer.
Faça escolhas nessas áreas não por motivos racionais, mas pelo que você sente.
Então a medida que vai ganhando confiança pode usar sua intuição para decisões mais complexas, como por exemplo, se deve entrar ou sair de um relacionamento ou emprego.
A sua intenção estará sempre certa? Não, nem sempre.
Às vezes tomamos decisões erradas seja usando nosso lado racional ou intuitivo.
Errar faz parte da vida e não há como evitar que isso de vez em quando aconteça.
Mas isso não deve ser motivo para ter medo de usá-la pois ela é útil.
O uso da intuição deve ser uma adição no seu leque de habilidades para tomar uma decisão. Pode não acertar sempre mas ajuda você a acertar mais.
Sinta a energia das opções quando for tomar uma decisão e não esqueça de levar isso em conta na hora de decidir. Aprenda a ouvir mais a sua voz interior.
Tampouco deixe de usar o seu lado racional para decidir. Tanto racionalidade e intuição na tomada de decisão são importantes.
Faça uma avaliação racional, mas também ouça sua intuição. Juntando os dois as suas chances de escolher o melhor aumentam muito.
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